domingo, 22 de novembro de 2009

.ninguém entende a minha melancolia.



Hoje passei o dia a chorar (com pausas de segundos muito densos).
Saudades de ter nostalgia (lembrar das velhas notas musicais)...Hoje só Radiohead me faz ter lembranças exatas dos tempos do amor que nada valeu (e que tudo se esvaiu com muita força e presença).
Não entendo o destino, mas explico a todo instante (para mim mesma) a exatidão dos dias (eles são absurdamente lindos e tortuantes)...Sou feliz sem razão e triste sem menos razão ainda.
Eu me encontro com vontade de chorar e de ser feliz ao mesmo tempo (sou feliz pois sinto que alguém muito especial está ao meu lado e não deixará nem por um segundo eu fraquejar (você é tão importante para mim...Chegou mansamente com seu jeitinho de príncipe de Serendip e tem me feito um bem imenso...Por isso e por todo o resto te dou o meu coração)...Você é o meu coração.
Mas sinto ainda, que tenho que ser melhor do que tenho sido...Cadê a doçura e gentileza que antes eram vistas à km de distância? Ela está aqui sim, mas essa melancolia (entenda medo) não está me permitindo ser eu. E é com dor e senso crítico que desejo receber todos os comentários (eles me fazem racionalizar e canalizar para o que realmente vale a pena) e é isso que busco incansavelmente.


Que busquemos sempre o que vale a pena, mesmo que doa em algum momento (o que vale a pena sempre nos corrói de alguma maneira)...

Com açúcar, com afeto...
Com doçura, com gentileza!



Imagem: Joe Sorren

.minha terra só me faz rir.


Rio seco
Rio alto
Rio imersa
Rio!

Mar adentro
Mar de pés nus
Mar de roupa molhada
Mar!

Luz de flashes
Luz de estrelas
Luz, pouca luz
Luz!

Ainda rio quando entro no mar e as estrelas ainda trazem luz para o meu dia!

Ê Maceió, apesar dos pesares eu sempre vou te amar, sempre, sempre!
Mesmo com suas limitações, a sua beleza e gentileza sempre fazem com que eu me apaixone mais e mais.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

.quando o desejo fala mais alto e quando o corpo pede com fome.




Num vai-e-vem de pensamentos confusos e perturbadores que meu corpo se arde na possibilidade...
Arde no toque impreciso...
No calor dilacerante...
No odor do desejo...
Na boca que queima e alimenta...
Na mão que invade caminhos arrepiados (caminhos de corpo nu)...
Na mão que deseja tão suavemente que inibe (mãos dentro do meu corpo)...
Mãos que freiam
Nas mordidas de frenesi latente e olhares de nudez
Na língua que passeia em rodopios e decotes (sentimentos de lascívia e deleite)...
Nos calafrios e sensações de inspirar e expirar (enquanto tu puxas meus cabelos)...
No apertar bruto e quente (nos sussurros de quero mais)...
Desejo-te mais profundamente (cada vez mais dentro de mim) te desejo.

domingo, 15 de novembro de 2009

.por bobagens, chocolates e muito amor.




Com açúcar, com afeto...
Com chocolate, com beijinhos...
Você me faz tão bem (nossas bobagens fazem dos meus dias mais felizes e mais sorridentes)
Obrigada mi cariño, meu príncipe de Serendip!

Imagem: Valery Milovic

sábado, 14 de novembro de 2009

.corujas.



Tinham um olhar dentro, de quem olha fixo e sacode a cabeça, acenando como se numa penetração entrassem fundo demais, concordando, refletidas. Olhavam fixo, pupilas perdidas na extensão amarelada das órbitas, e concordavam mudas. A sabedoria humilhante de quem percebe coisas apenas suspeitas pelos outros. Jamais saberíamos das conclusões a que chegavam, mas oblíquos olhávamos em torno numa desconfiança que só findava com algum gesto ou palavra nem sempre oportunos. O fato é que tínhamos medo, ou quem sabe alguma espécie de respeito grande, de quem se vê menor frente a outros seres mais fortes e inexplicáveis. Medo por carência de outra palavra para melhor definir o sentimento escorregadio na gente, de leve escapando para um canto da consciência de onde, ressabiado, espreita-ria. E enveredávamos então pelo caminho do fácil, tentando suavizar o que não era suave. Recusando-lhes o mistério, recusávamos o nosso próprio medo e as encarávamos rotulando-as sem problema como "irracionais", relegando-as ao mundo bruto a que deviam forçosamente pertencer. O mundo de dentro do qual não podiam atrever-se a desafiar-nos com o conhecimento de algo ignorado por nós. Pois orgulhos, não admitiríamos que vissem ou sentissem além de seus limites. Condicionadas a seus corpos atarracados, de penas cinzentas e três garras quase ridículas na agressividade forçada ― condicionadas à sua precariedade, elas não poderiam ter mais do que lhe seria permitido por nós, humanos.

Conto de Caio F. Abreu


"Como a vida é tecelã imprevisível, e ponto dado aqui vezenquando só vai ser arrematado lá na frente"

Caio F.


Imagem: Valery Milovic

sábado, 7 de novembro de 2009

.para curtir um som em qualquer lugar.



Röyksopp- The Understanding




Moby- Wait for Me




Circa Survive- On Letting Go



Depois dessas dicas, só peço uma coisa a vocês: Se joguem loucamente.

=** e um super fim de semana!

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

.e no meio de tudo o amor chegou.




Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando julgar necessário.
Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas.
Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente.
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-a.
Se perder um amor, não se perca!
Se o achar, segure-o!
Circunda-te de rosas, ama, bebe e cala.
O mais... é nada.

Poema de Fernando Pessoa

Vai pegar feito bocejo
Ou que só o sentido vê
Estigado num lampejo
Despertado pelo beijo
Que o baile parou pra ver

Dá marchinha fez silêncio
Num silêncio escutei
Uma disritmia em meu coração
Que se instalou de vez

Letra de Céu- Sobre o amor e o seu trabalho silencioso

Cabeça pelas tabelas...
Ansiedade já pelos fios e pontas-duplas (risos)...
Carência? Isso, a gente nem comenta...
Olhares que sempre se desviavam...
Amigos em comum que nunca nos aproximava...
E depois disso?
Depois disso, o melhor abraço da minha vida
Me tomou em seus braços e em seus lábios e me levou para passear entre as estrelas...Clichê? Sim, e como. Mas como já dizia meu amigo irmão Jô, tem clichês que valem a pena (risos, ele me faz rir)...E esse eu faço questão de repetir, abraçar (amar, amar)...
Ê destino...Me ajuda aí ô...Estou pensando em você!

Ando escrevendo muito sobre o amor...Deve ser para atrair mais amor...E sim, quero estar apaixonada...Sinto falta mesmo...Horrível a sensação de não ter o que amar...Faço questão e não abro mão.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Adeus a Lévi-Strauss!




O antropólogo francês Claude Lévi-Strauss, faleceu na madrugada do último domingo aos 100 anos de idade, informou nesta terça-feira um porta-voz da Escola de Altos Estudos de Ciências Sociais de Paris. Lévi-Strauss sofria de mal de Parkinson e completaria 101 anos no próximo dia 28.

Lévi-Strauss era considerado o maior intelectual francês vivo. Ele exerceu uma importante influência sobre as ciências humanas na segunda metade do século 20.

Nascido em Bruxelas, na Bélgica, o antropólogo foi um dos fundadores do chamado pensamento estruturalista, segundo o qual os processos sociais são originários de estruturas fundamentais que são frequentemente não-conscientes.

Uma grande perda, mas ficou muita memória e história para sempre!

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Proteção



São os teus braços que me inspiram proteção...
Seguro-me em seus abraços sem medo algum...
Desejo cada vez mais me esconder em teu beijo e aparecer nos teus sonhos (você já invadiu os meus faz tempo)
Proteção é o que sinto quando estou ao seu lado
E quando estou longe sinto vontade de voar (sensação de liberdade) que teus braços inspiram.


Para atrair mais proteção, ou pelo menos, um pouco de calor...
Não é questão de carência (é um bem maior)...Falta de algo que faça sentido...Falta de fulgor de vida...Falta!

=** para todos e que essa semana seja incrível!


Imagem de Edward Hopper